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Não facilite com a palavra amor.
Não a jogue no espaço, bolha de sabão.
Não se inebrie com o seu enganado som.
Não a empregue sem razão acima de toda razão (e é raro).
Não brinque, não experimente, não cometa a loucura sem remissão
de espalhar aos quatro ventos do mundo essa palavra
que toda é sigilo e nudez, perfeição e exílio na Terra.
Não a pronuncie.
Carlos Drummond Andrade
Drummond é Drummond! Maravilhoso!
ResponderExcluirMuito lindo o poema. Amo Drummond de Andrade
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