No bosque perto
da minha casa morava uma donzela. Bem, ela se mostrava como uma donzela, mas eu
tinha certeza que se tratava de uma criatura mágica. Ela tinha uma aura
luminosa, algo de místico e etéreo... Eu a admirava imensamente e certo dia eu
a convidei para o chá da tarde. Coloquei a mesa no jardim, usei a porcelana
mais elegante, pratiquei os meus mais aprimorados dotes culinários e fiz um
arranjo com as suas flores favoritas. Eu a esperei por horas, mas ela não
apareceu. Juntei todas as coisas e as guardei com lágrimas contidas nos meus
olhos.
Eu estava triste e irritada. Fui dormir cedo aquela noite. Quando me
deitei ela veio à minha cama e beijou minha bochecha. Então sussurrou baixinho
ao meu ouvido dizendo que tinha adorado o chá e que eu tinha caprichado em cada
detalhe. Ela tinha modos mágicos de agir. Sempre se manifestava de forma
diferente. Era uma borboleta que pousava perto de mim, uma brisa suave que
tocava o meu rosto...
Eu a amava, amava muito! Ela também me amava. E como todo mero mortal eu
havia criado uma expectativa de como ela deveria demonstrar o seu amor por mim
e somente naquela noite eu percebi que a sua maneira de demonstrar que me amava
exigia de mim muito mais sensibilidade para perceber. Ela agia de maneira muito
amável, porém pouco perceptiva a olhos frios.
Imagem: We heart it
Amei o texto.
ResponderExcluirVocê sempre coloca o "mágico" ou "irreal" neles, adoro isso!
*-*
xoxo, Belle
que delícia!
ResponderExcluiradorei o texto!
Beijos!
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