Eu li Fairest no final do ano passado, mas ainda não tinha feito uma resenha dele, então decidi fazê-la hoje, porque acho que é um livro encantador.
“Eu nasci cantando. A maioria dos bebês
choram. Eu cantei uma melodia.
Ou assim eu acredito. Eu não tenho ninguém
que possa me dizer a verdade sobre isso. Eu fui abandonada quando tinha apenas
um mês de vida, deixada na pousada Featherbed no vilarejo de Ayorthian em
Amontha. Isso foi no dia 12 de Janeiro do ano das canções do trovão.”
Assim começa
Fairest. A personagem principal Aza, que narra a história, é adotada pelos
donos da pousada. Desde o começo a história ela odeia sua aparência. Ela era
bem diferente de suas irmãs adotivas, sua pele era mais branca do que o comum,
o cabelo escuro, os lábios muito vermelhos e o tamanho anormal. Ela era sempre alvo de muitos
comentários maldosos, principalmente por parte de suas irmãs adotivas, com cabelos loiros e traços delicados. Todavia
a voz de Aza chamava muito mais atenção do que a sua aparência, principalmente
em Ayortha, a terra das canções.
Aza tem a
capacidade de fazer uma espécie de ventriloquismo em que o seu canto parece
sair de outro lugar que não de si, essa capacidade ela chama de “Ilusão”. Esse
seu talento desperta a atenção da Rainha Ivi de Ayortha, recém-casada com o Rei
Oscaro. Ao contrário de Aza, Ivi não possui qualquer talento para música, mas
ela deseja impressionar o seu marido e os seus súditos e dessa forma ser
venerada na terra das canções. Ela chantageia a pobre Aza e a aprisiona em seu
castelo. No período em que ela está no castelo acaba se apaixonando pelo
príncipe Ijori, que a considera encantadora, mesmo que ela não veja em si
qualquer beleza.
Uma donzela
tentando encontrar suas origens e também a beleza. Uma das questões que eu mais
gosto nessa história é que a “princesa” não é a mais bela de todas e que exalta
que há outras formas de beleza que também devem ser apreciadas e que todos são
belos a sua maneira. A ênfase na música também me agradou muito na história, afinal música. Afinal as canções sempre estiveram ligadas a tantas questões importantes como magia, sedução, calmaria... Isso ficou muito evidente para mim nessa história.
Eu gostei bastante e pretendo ler outros
livros da Gail Carson Levine, que a propósito é a mesma autora de Ella
Enchanted/ Ella Enfeitiçada. Eu acho que ela escreve de uma forma muito estimulante, que nos prende ao romance e ao mesmo tempo de uma forma muito clara. Eu desconheço se há alguma tradução dessa obra
para o Português, eu o li no idioma original, Inglês. É um livro encantador e
eu recomendo que quem puder leia-o.
Olá Luana
ResponderExcluirUm conto de fadas!!! Quero ler, deve ser lindo!
AMIGA DA MODA by Kinha
Wow que incrível uma garota branca sofrendo pela aparencia, pela cor da pele, tadinha gente socorr
ResponderExcluirAo anônimo:
ResponderExcluirEu entendo perfeitamente o seu ponto de vista. Eu acredito numa literatura com uma função social capaz de fazer com que as pessoas reflitam sobre certas questões do mundo e sejam capazes de mudar a realidade a sua volta. Tivemos uma literatura abolicionista no Brasil que entre os livros mais importantes podemos destacar "A escrava Isaura", que propositalmente mostrava uma moça, que embora fosse mestiça, era mais branca do que negra. Isso aconteceu não porque não se achasse que fosse digno colocar uma protagonista negra, mas porque a literatura era de acesso de brancos e não de negros e o objetivo era que as leitoras se identificassem com a mocinha da história e compreendessem a realidade dos escravos.
Fairest, de fato, não é uma história que tem por objetivo mostrar ou combater o preconceito racial, mas fala de uma outra questão também importante. Aza, a protagonista, não é discriminada por ser branca, mas por ser feia. Nós, infelizmente, ainda vivemos numa sociedade que acredita que a mulher deve ser bela porque ela ainda é vista como um objeto sexual. Penso que a questão de combate aos padrões de beleza não diminui a questão do preconceito racial. De todo modo, se você tiver acesso ao livro e quiser lê-lo podemos discutir melhor sobre o assunto.
Acho que, ultimamente, está bem em voga a moça branquíssima, magra e que diz que ninguém a acha bonita e que sofre preconceito. Mas, na verdade, eu vejo isso mais como uma valorização de "ser especial por ser diferente". Acho que teria sido mais interessante se a escritora tivesse ressaltado um tipo de beleza que já não foi o "padrão" e mais valorizado por tantos séculos. Mas quem sou eu para dizer, que não sou escritora.
ResponderExcluirAcho que seria legal procurarmos livros assim com protagonistas que de fato sofrem discriminação... Porque existem todos os tipos de leitores que precisam de personagens para se identificar. É nesse sentido que gosto muito da Jane Eyre, porque ela se sente sem graça, não é nada bonita, é pobre... e ainda assim encontrou um amor.
Oi Luana,
ResponderExcluirNunca li nada da autora, mas sua resenha me interessou!
Bom final de semana!
Bjs
GOSTO DISTO!
Deve ser lindo mesmo! Fiquei curiosa...
ResponderExcluirBeijos
Fez tanta falta esse mundo dos blogs que dizem algo para mim e o seu Lu é especial. A sua resenha transmite um quê de encantamento e eu, pelo menos, gostaria muito de ler esta obra. Beijinhos e sim...estou de volta amiga!!!!!!
ResponderExcluirGosto muito das suas resenhas e fiquei com muita vontade de ler esse livro. Vou tentar encontrar o e-book na Amazon.
ResponderExcluirBjs!
Este livro deve ser bem interessante. A história parece mesmo muito encantadora!
ResponderExcluirFiquei a fim de ler o esse livro, gostei da enfase na música, que é sempre mágica pra mim. <3
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