No dia 14 do
último mês foi lançado o livro de poesias “Porta Estreita” do meu amigo Joe
Sales. O evento foi realizado em uma livraria da nossa cidade e contou com a
presença de familiares, amigos e admiradores do seu trabalho. Eu,
particularmente, me encaixo nas duas últimas categorias, de amiga e de muito
admiradora do seu trabalho. Joe é graduado em Letras e atualmente mestrando no
programa de Mestrado em Estudos de Linguagem na Universidade Federal de Mato
Grosso.
Meus primeiros
contatos com o seu trabalho foi durante a graduação. Li alguns dos seus poemas
e posteriormente, numa apresentação cultural num evento da universidade ele
declamou alguns poemas em público e acho que aquele foi o primeiro momento que
eu pensei “Nossa, ele escreve realmente muito bem!”. Como amiga e como fã
sempre torci pelo seu sucesso. Desculpem-me se minha resenha está demasiada
pessoal, mas é difícil falar do trabalho de um amigo sem mencionar o
relacionamento que temos.
Falemos agora
sobre “Porta Estreita”, que é o primeiro livro do autor e fora publicado pela
Editora Penalux. O título, além de remeter a um termo bíblico, parece ir
simbolizando as diversas portas que se abrem e se fecham, as chaves, as
passagens, as experiências...O caminho em silêncio, o vazio, experiências
dolorosas e os prazeres da vida. Parece-me que o livro nos direciona a um
caminho a uma porta específica, inicia-se com uma dor e caminha até a porta da
liberdade.
A linguagem dos poemas vai se construindo de forma muito cuidadosa, formando imagens ora delicadas, ora dolorosas, ora perdidas e que depois se encontram. As lembranças e os sentimentos entremeiam os versos em retratos de uma alma caminhando da prisão do próprio ser para a liberdade. Tentando encontrar o caminho, fugir do vazio na tentativa de conseguir a chave que abre a porta. As diversas chaves e as diversas portas presentes na obra.
Destacarei
alguns dos poemas que mais gosto.
Delírio
Uma voz dentro do pássaro
Guarda belezas
As quais aprisionam instintos de recusa
Recusai a chave que vem sem luta
Recusai a chave que vem sem luta
(p.19)
Retrato
Ao amanhecer uma ternura
Pareceu morrer
Ou foi a lembrança que escapou dos
olhos?
(p.21)
“vou querer asas nos meus olhos também
Minha visão precisa conhecer rumo novo
Quando o ocaso se confundir comigo
Eu terei 70 anos
Ou serei como Deus?”
Do poema “Para compor minha existência
no futuro” (p. 71 e 72).
Como eu gosto de poesias, muito bonito esses versos que vc escolheu, é incrível como cada mente consegue formar coisas incríveis com as palavras.
ResponderExcluirEu amo poesias, não conheço as obras dele, mas parecem bastante interessantes. Sou apaixonada por literatura, fiz letras só por causa disso rs
ResponderExcluirpastelgothsyndrome.blogspot.com.br