A dança da floresta
Este livro
está na lista dos “50 livros que toda Lolita deveria ler” feito pela Princess
Skye no seu antigo blog “Princess Portal”. Claro que inicialmente o que me
chamou atenção foi o título, porque afinal eu adoro histórias de floresta, sou
assumidamente apaixonada por coisas relacionadas ao universo mori e acho que
esse livro tem tanto de mori quanto de loita. Eu li uma breve sinopse do livro
antes de compra-lo e me interessei bastante, não me arrependi de maneira alguma
desse investimento, encontrei muito com o que me encantar nessa história.
Alguns dados técnicos
Autora: Juliet Marillier
Título Original: Wildwood dancing
Ano de publicação: 2007
Ano da primeira publicação no
Brasil: 2008
Editora: Prumo
Gênero: Infanto-juvenil, Conto de
fadas
A história se
passa num castelo da Transilvânia, Piscul Dracului, onde reside a protagonista
e narradora, Jena, uma garota de dezesseis anos. Ela, seu sapo de estimação e
suas quatro irmãs guardam um segredo. Nas noites de lua cheia elas abrem um
portal para um reino mágico numa floresta encantada onde participam de um baile
dançante com criaturas fantásticas. No fim da noite elas retornam ao lar.
O pai, Teodor,
permite que as filhas tenham um tipo de educação que não era comum para meninas
da época. Elas aprendem sobre economia, e como tomar conta dos negócios do pai,
além de geografia, história e todo tipo de conhecimento formal, o que
despertando certa indignação em algumas pessoas que acreditavam que as moças
deveriam ser treinadas para casar. Quando Teodor adoece ele é obrigado a ir
para Constanta, uma cidade onde o inverno é menos rigoroso e que contribuiria para
a sua recuperação, e assim Tati e Jena, que são as filhas mais velhas, ficam
responsáveis por cuidar dos negócios enquanto o pai estivesse longe.
A doença de
Teodor foi o marco para que muita coisa mudasse em Piscul Dracului. Cezar, o
primo das meninas, não acha que elas são capazes de controlar os negócios da
família e quer a todo custo controlar a propriedade e os negócios, ele é muito
ambicioso e amargo, ele acredita que as criaturas mágicas que dizem existir na
floresta foram responsáveis pela morte de seu irmão no lago de Taul Ielelor e
anseia pelo dia que poderá destruir toda a floresta.
Em meio à
história encantadora envolvendo a mágica pagã da floresta e os perigos dos
seres da noite há uma discussão feminista sobre o papel da mulher na sociedade,
enquanto Jena luta por suas irmãs, pela propriedade do seu pai e pela própria
independência. Confesso que fiquei bastante surpresa com o fato de existir um
tema como esse dentro da história, porque sempre parece que tudo o que é do
universo de contos de fada mantém as personagens femininas no papel de mulheres
submissas, delicadas, esperando pelo príncipe encantado.
É um livro
para sonhar e se aventurar!