Ele aparecia casualmente, quase como uma miragem; e ela
nunca sabia ao certo o que era real e o que era ilusão naquela imagem; mas ele
aparecia para sugar a pouca energia que ainda tinha em sua alma.
E apesar de
todo o mal que lhe causava ela nutria uma paixão. Vez ou outra ela tentava, por
conveniência, reprimir seus próprios sentimentos; porém não havia em suas
atitudes, qualquer esforço ou vontade. Gostava da alegria incerta de sua ilusão
doentia.
Os efeitos
que ele causava eram corrosivos. Ela queria morrer a cada instante em que ele
não estava por perto e lamentava por nunca tê-lo por completo. E quando ela o
via desejava morrer para que aquela fosse sua última visão.
Ela
morreria de toda forma, mergulhada em seu sonho delirante...
Imagem: Sarah Diamond
Nota: Fazia um tempinho que eu não postava crônicas narrativas por aqui. Essa, em especial, eu escrevi usando como inspiração uma anotação de mais ou menos um ano atrás.
Não sei bem porque, mas esse texto me lembra muito uma paixão que tive a uns anos atras...
ResponderExcluirSuas crônicas sempre me deixam com vontade de ler mais !
ResponderExcluirOi Luan,
ResponderExcluirAdorei o mini-conto, mas me lembrou um pouco os vampiros de alma, aqueles que sugam o que temos de melhor em nós.
xoxo
Gosto disto!
Nooossa, fiquei fascinada *o*
ResponderExcluirVocê escreve maravilhosamente bem *o*
Poste mais sempre que puder. ;)
Um super abraço .o/