terça-feira, 19 de maio de 2015

Os princípios que guiam minha vida: em que eu acredito



Essa foi mais uma das propostas de temas do AF&LBN que não ganhou a votação, mas que eu decidi postar sobre isso mesmo assim.         


 Eu cresci numa família católica e de muita fé. Eu ia à missa com a minha mãe e fui ensinada a rezar todas as noites antes de dormir e sempre que algo me afligia. Claro que quando eu era muito pequena eu não tinha capacidade para questionar certas coisas. Lembro-me que certa vez, quando eu tinhas uns cinco anos, estava chovendo muito e eu queria brincar no quintal, comecei então a rezar para que a chuva parasse. Nesse momento minha avó me repreendeu dizendo que era pecado rezar para isso. Eu fiquei me perguntando como era possível ser pecado rezar.
            Quando cresci um pouco, comecei a fazer catequese. Na época, como eu havia começado muito nova eu precisaria fazer por três anos antes de fazer minha primeira comunhão. No primeiro ano eu gostei, minha mãe havia comprado a bíblia da criança e a catequista que ficava conosco fazia tudo ser lúdico e tinha realmente o objetivo de nos ensinar valores morais. No segundo ano mudou a catequista e tudo o que ela fazia era nos forçar a participar das festas da igreja. No terceiro ano eu me recusei a participar. E não voltei mais.  
            Durante a adolescência eu comecei a me interessar por temas místicos. Estudei magia, fiz curso de tarô, conheci a wicca e me identifiquei. Nessa mesma época eu também tive um professor de História ateu, que não mantinha suas ideologias fora de sala e criticava muito o cristianismo. Hoje, lembrando disso, sei que o que ele fazia não era muito certo, mas foi algo muito importante para mim. Ele me fez questionar a religião na qual eu cresci inserida e nessa época eu decidi que não queria mais ser católica e eu me dediquei exclusivamente à wicca.
            Eu conheci algumas outras igrejas e religiões depois disso e quanto mais eu conheci mais eu me afastei do cristianismo. Eu nunca me identifiquei com os conceitos e as ideologias cristãs, mas respeito quem as segue. Passei pela minha fase extremamente descrente e ateísta e hoje eu me considero uma pessoa agnóstica. O fato de eu não crer surpreende algumas pessoas pelo fato de que eu trabalho muito com o etéreo nas minhas histórias, mas não crer numa divindade não me impede de ter apreciação pela vida e não crer em Deus ou deuses não quer dizer que eu não acredite em outras coisas.
            Eu acredito em sorte, em vibrações e em amuletos. Eu acredito na numerologia, na carta da alma e às vezes em astrologia. Também sou uma grande apreciadora da arte sacra, de mitologia e do paganismo. E nada me garante que daqui a alguns anos eu não me torne cristã novamente, ou budista, ou hinduísta... Eu não acredito no Deus na concepção do cristianismo, mas eu sempre vou acreditar na vida e em mim mesma.

10 comentários:

  1. Passei por algo parecido. Eu fiz tudo o que você pode imaginar na igreja. Meus pais são católicos daquele tipo que passam a semana inteira na igreja (inclusive, ainda não consegui contar para eles que sou agnóstica). Mo meu caso foi um amiguinho ateu que influenciou. Até hoje acho que ele é a pessoa mais bondosa com quem eu já convivi.

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  2. Concordo com você, e hoje também me considero agnóstico, eu tb cheguei a fazer Eucaristia, crisma e grupo de orações e jovens, mas quando tinha meus 17 anos comecei a ir mais para o lado a ciência das coisas e questionar minhas crenças e minha religião e vi que não fazia o mínimo sentido ficar acreditando em algo que não me faria mudar, hoje sou mais amigo da razão do que na crença, mais sempre claro vivendo o mundo fictício sem nunca abandonar a criatividade.

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  3. Eu passei por várias fases, conheci religiões e desisti das mesmas por várias razões pessoais.
    Existiu uma fase da minha vida que simplesmente parei de acreditar em Deus, hoje em dia eu creio que existem um Deus amoroso e que não preciso de dogmas para estar mais perto dele, pois sei que ele vive em mim e não nas doutrinas.

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  4. Também cresci numa família católica, mas não são muito frequentadores. Por isso foi mais fácil cada um buscar seu caminho a partir do momento que se sentiu preparado. Fiz a 1ª Eucaristia mas não fiz Crisma. A partir de um determinado período já não frequentava mais a igreja e tudo aquilo parecia muito distante... nem conseguia prestar atenção na missa.
    Hoje sou espírita. Estou encontrando as respostas que buscava. Para quem está mais ligado às ciências acredito que o Espiritismo seja a filosofia que melhor explique os questionamentos. Sem dogmas, sem rituais. Tenho certeza que já consegui me melhorar como ser humano, mas ainda tenho uma longa jornada na reforma íntima. O que realmente importa é estarmos dentro de uma religião que nos explique e não que nos faça engolir as coisas. Beijos

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  5. Eu também estudei bastante a wicca, mas nunca cheguei a me tornar adepta, gostei muito e até cheguei a me identificar com os valores e a filosofia, mas não conseguia acreditar seriamente sabe? No fundo eu tenho o cristianismo bastante enraizado em mim, minha família é protestante e eu frequentei a igreja até os 16, fui diminuindo aos 17, até parar de ir. Eu acredito em Deus, tenho sérias duvidas em relação ao cristianismo mas realmente acredito. Conforme a gente cresce e estuda, é natural optarmos por caminhos diferentes, independente da religião que você nasce, eu fui me distanciando da religião dos meus pais principalmente por não concordar com parte da doutrina, mas aprendi muitas coisas boas lá, as quais guardo no coração. Naturalmente meus pais ficaram muito decepcionados com a minha decisão, mas a forma que escolhemos desenvolver nossa espiritualidade (ou não desenvolver) pertence apenas a nós.
    Gostei muito do post, um beijo.

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  6. Eu sou católica, mas acredito mesmo no bem, nas boas energias, no respeito ao próximo e na solidariedade.
    Beijos

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  7. Bom dia
    Respeito sua fé,afinal é assim que temos um mundo melhor,não devemos forçar e nem achar que estou certa totalmente sou humana e evangelica e respeito sua posição.
    beijinhos

    http://eueminhasplantinhas.blogspot.com.br/

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  8. Eu tbm passei por várias fases. Satanismo, depois vi que não era minha praia. Depois Wicca, e vi que não também era isso. Depois procurei diversos tipos de religião, mas não me encaixava em nada. Depois passei a não acreditar em nada.

    E eu tinha muito preconceito com o Cristianismo pois a visão que eu tinha não é o que realmente é para ser. Vim de uma família bem tensa com relação a isso, de modo que nem cortar o cabelo cortavam, não usavam determinados tipos de roupas etc. Parecia que ser cristão era viver numa prisão.

    Após visitar a minha atual igreja, por convite da Gio, pude sentir realmente a presença de Deus, e ver que não é nada daquilo que eu pensava que fosse. Só então, através de uma experiência pessoal e espiritual, passei a crer em Jesus Cristo.

    Eu super respeito as pessoas, converso com todos sem ter problema nenhum com as escolhas, com a crença etc. Não entendo pessoas que querem enfiar garganta a baixo uma opinião. Não só na questão espiritual, mas na questão de futebol, comida, música etc.

    Excelente Post! Gostei de saber mais sobre você! ^-^

    ps.: Desculpe pela carta hahaha

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  9. Nossa, quanta gente que passou por reviravoltas na fé. Eu sabia que você tinha um pézinho na wicca, haha.
    Eu também nasci e cresci em família católica, passei por uma fase atéia e depois que encontrei a Wicca... meio que me achei. Infelizmente sou muito dispersa e nunca me lembro das comemorações, não tenho onde ter um altar, assim posso dizer que sou... Wicca não praticante? xD Ou simplesmente pagã?
    Já compareci em cultos e missas de católicos, evangélicos, luteranos e espíritas mas cristianismo não é para mim mesmo. E quero visitar cultos religiosos de outras religiões para aprender mais sobre elas e não falar besteira sobre as mesmas.
    beijos!

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  10. Muito legal saber mais sobre vc,adoro saber sobre esse tipo de assunto e saber oq levou a pessoa a ter ou não alguma religião.
    Inclusive eu acho q aí está o ponto que muito erram,julgar a pessoa pela escolha religiosa dela,cada um tem uma história de vida,uma experiência que a levou a uma escolha e iso deve ser respeitado sempre.
    Eu como cristã sinto muito isso,pq preconceito religioso existe e muito,já fui até ameaçada de morte,já tive que correr pra não apanhar,mas ... o cristianismo tem sido deturpado,usado e ensinado de maneira errada infelizmente.O fanatismo e a falta de conhecimento de muitos acabou passando idéias erradas,por isso eu entendo quando vejo tantas pessoas decepcionadas e até com ódio,rs.
    bom esse tipo de assunto sempre se tem muito oq falar.
    bjos

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